terça-feira, dezembro 06, 2011

Mudança - Clarice Linspector

(Gosto do jeito espontâneo da Clarice se expressar, parece que ela era meio doidona, está arquivado! Eis aqui um texto muito, muito, muito parecido com o que penso, parece que fui eu mesma quem escreveu!)


Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!

terça-feira, setembro 20, 2011

Origem da Democracia!!!

Democracia (no grego “demos/povo” “kracia/governo” - “poder do povo”) originou-se em Atenas, que no século IV a.C, estava sendo governada por um governo tirânico. A tirania havia perseguido os partidários da aristocracia, enfraquecendo a nobreza urbana, criando-se assim as condições para a implantação de um regime novo. Abriam-se as portas, depois da expulsão do descendente do tirano, para uma experiência inédita: o regime governado diretamente pelo povo, a democracia. O objetivo do sistema era a participação de todos nos assuntos públicos, determinando que a representação popular se fizesse não por eleição, mas por sorteio.
     Esse foi um dos aspectos da democracia ateniense que mais crítica sofreu por parte dos filósofos, especialmente de Sócrates e Platão. Eles não aceitavam que a nave do estado fosse conduzida aleatoriamente, ao sabor do acaso. Parecia-lhe evidente que se exigisse que mesmo as tarefas comuns fossem assumidas por profissionais, hoje diríamos técnicos; o estado só poderia ser dirigido por especialistas, pelos filósofos ou pelo rei-filósofo. O questionamento dele tornou-se, desde então, um tema clássico no debate político sobre quem deve reger o estado, a maioria ou somente os técnicos?
     A base da democracia é a igualdade de todos os cidadãos. Igualdade perante a lei (isonomia), e igualdade de poder se pronunciar na assembléia (isagoria), quer dizer, direito à palavra. Essas duas liberdades são os pilares do novo regime, estendidos a ricos e pobres, a nobres e plebeus. O sistema de sorteio evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos profissionais que atuassem de uma maneira separada do povo, procurando fazer com que qualquer um se sentisse apto a manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação política dos indivíduos.
     Uma vez por ano, os demos sorteavam 50 cidadãos para se apresentarem no Conselho (Boulê) que governava a cidade em caráter permanente. Como eram 10 demos, ele denominava-se "Conselho dos 500". Entre estes 500 deputados eram sorteados 50 que formavam a pritania ou presidência do Conselho, responsável pela administração da cidade por 35 ou 36 dias. Cada demos era chamado, alternadamente, a responder pelos assuntos da pólis, durante um certo período. O Conselho determinava a pauta das discussões, bem como a convocação das assembléias gerais populares (a Ecclesia – qualquer reunião para debater questões públicas, em qualquer lugar), que se realizavam duas vezes por semana.

     *demos - A antiga divisão política da cidade de Atenas estava baseada nas quatro tribos (filiai) formadoras originais da região, denominadas de guerreiros (Hoples), cultivadores (Geleôn), pastores (Aegicoros) e artesãos (Argadês), todas filhas de um mítico antepassado, Ion (daí vem a palavra jônico, que denomina o povo que habitava Atenas e as regiões vizinhas). Cada uma delas era chefiada por um patriarca, o filobasileus, que mantinha uma relação de domínio sobre seus integrantes, favorecia os membros da nobreza, os quais integravam o sistema das tribos e exerciam sua autoridade baseada na tradição. Clístenes, em 502 a.C., desativou a divisão por tribos e reestruturou a cidade em uma outra, baseada em 10 demos que estavam distribuídos pelo interior, na cidade e no litoral. Considerava-se cidadão (thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma em diante, os homens da cidade não usariam mais o nome da família, mas, sim, o do demos a que pertenciam.

     Quando a ecclesia estava reunida, não só entravam na liça os problemas mais candentes da comunidade, como se escolhiam os magistrados eletivos. As funções executivas estavam divididas entre os magistrados sorteados e os escolhidos por voto popular. Eles eram responsáveis perante ecclesia por todos os seus atos, podendo ser julgados por ela em caso de falta grave.

     Quem não participava efetivamente da vida democrática da cidade de Atenas?
Além dos escravos, tanto os públicos como os domésticos (oikétès) - ex-prisioneiros de guerra ou comprados nos mercados de escravos - excluídos da cidadania, contavam-se os estrangeiros (métoikion) e seus filhos, que igualmente não eram considerados cidadãos. As mulheres, independentemente da sua classe social ou origem familiar, encontravam-se afastadas da vida política. A grande parte da população, dessa forma, não participava dos destinos públicos, estimando-se que os direitos de cidadania estavam à disposição, no máximo, de 30-40 mil homens, mais ou menos um décimo da população total.

Como qualquer outro regime político, a democracia ateniense foi testada pelas guerras. Por duas vezes os gregos estiveram ameaçados de perder sua liberdade. A primeira deu-se quando uma expedição naval dos persas tentou desembarcar nas praias de Maratona, sendo derrotada pelo general ateniense Milcíades, em 490 a.C., e a segunda, quando os persas invadiram a Grécia sob o comando do rei Xerxes, em 480 a.C., sendo novamente derrotados nas batalhas de Salamina e Platéias, desta vez por Temístocles. A vitória de Atenas projetou-a como líder das cidades gregas, formando-se então uma simaquia, ou liga federada entre as polis, denominada de Liga de Delos (formada em 478 a.C. e extinta em 404 a.C.). Durante o trintênio de Péricles, também considerado como o período do seu apogeu, aproveitou-se dessa liderança para lançar mão dos recursos financeiros da Liga para embelezar a cidade, restaurando então o célebre templo do Pártenon (em honra à deusa Atena Pártenos, a protetora) em mármore e ouro. Isso serviu de motivo para que as demais cidades integrantes da Liga de Delos se sentissem lesadas, situação que terminou sendo explorada por Esparta, que liderou uma confederação contra os atenienses, levando-os a uma guerra desastrosa: a Guerra do Peloponeso.
     A verdadeira causa do declínio das instituições democráticas foi, como vimos, resultado da derrota ateniense, perante as forças espartanas na longa Guerra do Peloponeso (431 - 404 a.C.). A oligarquia tentou retomar o poder do meio do governo dos "Trinta tiranos", em 404-403 a.C., mas uma rebelião pró-democracia conseguiu restabelecê-la. Em 338 a.C. os atenienses sofreram um novo revés, dessa vez perante as forças do rei da Macedônia, Felipe II, e seu filho Alexandre, na batalha de Queronéia, fazendo com que a cidade terminasse por ser governada pelos sucessores (diádocos) macedônicos. Seu eclipse final ocorreu durante o domínio romano, quando a Grécia inteira se torna uma província do Império, a partir de 146 a.C.
Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia5.htm

sexta-feira, setembro 16, 2011

Paralisia do sono!

    Era um dia comum, não havia ingerido nada estranho, sólido ou liquido! Como de costume, capotei lendo um livro. Umas seis horas da manhã acordo e não consigo abrir meus olhos ou mover meu corpo, não sei exatamente quanto tempo fiquei assim, mas é a uma sensação horrível, ouvi o Setsuo acordando e ligando a televisão e eu não conseguia abrir a boca para chamá-lo. Entrei em pânico, fazendo uma força imensa para tentar mover alguma parte do meu corpo, levantar meu braço, sei lá, qualquer coisa e depois de muita insistência vupt, levanto meu braço com tudo e volto ao normal, o Setsuo até assustou com a velocidade que levantei. Sentada na cama, ainda senti uns minutos de dormência em meu corpo e depois tudo foi normal. Foi uma das sensação mais loucas que aconteceu comigo, uns poderiam me chamar de louca, ou dizer que apenas sonhei, mas aconteceu isso comigo cinco vezes, e tenho certeza que não foi um sonho.
     Primeiro, conversei com um amigo pinel sobre isso e viajamos na maionese, até porque nesses aspectos sou mais a ciência. Depois comecei a pesquisar sobre isso na internet e achei uma possível explicação no wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/Paralisia_do_sono
     Me senti até mais aliviada, porque havia meses que não sentia mais isso, e esse mês aconteceu novamente, credo credo e credo, pra quem já sentiu isso, sabe o que estou falando! Puro pânico!
     Resuminho do wikipédia:
Paralisia: ela ocorre pouco antes da pessoa adormecer ou imediatamente após despertar. A pessoa não consegue mover nenhuma parte do corpo, nem falar, e tem apenas um controle mínimo sobre os olhos e a respiração. Esta paralisia é a mesma que acontece quando uma pessoa sonha. O cérebro paralisa os músculos para prevenir possíveis lesões, já que algumas partes do corpo podem se mover durante o sonho. Se uma pessoa acorda repentinamente, o cérebro pode pensar que ela ainda está dormindo, e manter a paralisia.

     Achei interessante e resolvi postar, sem maiores pretensões científicas, apenas trocando experiências!

quinta-feira, setembro 15, 2011

Os filmes aos olhos de uma criança e seus pavores!

         Eu tinha meus bons 8 anos quando assisti "A Mosca", misericórdia, fiquei dias tentando exterminar essa mosca da minha memória na hora de dormir. rsrsrs Esses dias estava passando de canal em canal quando vi o filme passando na TV, e incrivelmente lembrei de todas as cenas do filme, e achei o máximo!!! Na hora que ele vomita ácido na perna do cara, quando cai a orelha do homem mosca, kkkk muito bom!!! Muita viagem!!! Eu e o Setsuo ficamos relembrando alguns filmes, um dos nossos momentos de  pura nostalgia, citarei alguns, inclusive os que me fizeram sofrer na infância:

     
- Gremlins (Mogwais eram uns bichinhos lindos que viravam Gremlins se fossem molhados, comessem depois da meia-noite ou/e se expostos à luz solar) Lembro que minha tia me levou ao cinema pra assistir esse filme, fique tão apavorada quando eles se transformaram e começaram a atacar pessoas que eu falava que queria ir no banheiro toda hora, pra acabar logo o filme, coitada da minha tia!

- Tubarão: Esse filme é um clássico, e eu nem era tão pirralhinha assim, mas me impressionou tanto que ficava até com medo de abrir a torneira, ou sentar no vaso sanitário, sempre pensando que um tubarão sairia de qualquer água, nossaa parece mentira, mas quem me conhece, sabe que isso é possível. Uma vez na praia, curtindo as ondas, de repente sinto algo envolver minhas pernas, sai correndo e gritando, quando fui ver era um saco plástico, enfim, esses micos por causa de um filme, afe!

- Poltergeist: Noooossaaa....no comments, esse eu surtei de medo, lembro do homem bebendo pinga em uma garrafa e engolindo uma minhoca, ou algo assim!

- Twin Peaks: um dos seriados mais sinistros que assisti, até quero rever, porque não me recordo muito bem, mas não esqueço do rosto do homem, kkkk, punk!

- O Iluminado: Parece meio bestinha no início, mas esse ator, Jack Nicholson, atua de um jeito que merece ser lembrado, fora as cenas do corredor, arght!

- Aracnideos: Ataque das aranhas e todo tipo do gênero, nossa, invadiu meus sonhos por meses, se não fosse esse filme e o pavor que ele me deu, poderia ter me tornado uma bióloga tsc tsc tsc. rsrs

- Tem um filme do Zé do Caixão, não me lembro o nome, aliás só vi uma cena, uma mulher toda torta, toda cortada, um horror, quem pensa que ele não tem criatividade se engana, tenho medo de assistir.

- Não sei se alguém assistiu aqueles documentários de religiosos que faziam cura milagrosa, apareceu uma mulher enfiando a mão dentro do ouvido de uma criança e tirando não sei o que, só vi sangue e um treco amarelo, fiquei assistindo com a minha mãe, ela olhando curiosamente pelo lado religioso e eu horrorizada, e sonhei várias noites com alguém fazendo isso em mim, oooo época tenebrosa! kkkk

     Sobrevivemos enfim, lutamos contra os monstros invisíveis debaixo da cama, dentro dos armários, nos espelhos, encontramos a casa dos monstros ou fantasmas, existe sim, agora não sei se a criatividade vinha dos filmes, ou da cabeça inocente de criança, mas quem pensa que criança não sofre, está muito enganado!!!

      

quinta-feira, setembro 01, 2011

O famoso Tio Zé!!!

     Tem dia, que um novo dia, é igual ao dia anterior, e no próximo, também! E muitas vezes ficamos desgostosos diante a vida! Peço desculpas ao criador, mas não é fácil sorrir todos os dias! Um belo dia porém, nas andanças da vida, conheci o Senhor José, ou melhor "Tio Zé", como gostamos de chamar, e obtive mais uma bela história! 

     Tio Zé, vende sorvete pelas ruas, e como adoro sorvete, acabamos nos conhecendo! Um senhor muito simpático, que passa todos os dias no mesmo horário. Sabe aquele horário que a hora não passa? Pois é, é bem nessa hora que ele passa, e fica inevitável não comprar um picolé!

     Em nenhum momento vi esse homem triste ou carrancudo, e olha que ele anda em um sol ardente o dia inteiro! Curiosamente perguntei sobre sua vida, de onde arranjava tanta disposição para ser uma pessoa tão alegre que é! E a partir daqui, começa a história que me emocionou:

     Tio Zé sempre trabalhou como garçom, e de restaurante, bar, restaurante, bar, começou a bebericar pra lá e pra cá. Conheceu uma jovem e acabaram casando, mas nada impediu que ele parasse de beber! Tudo que ele juntava, ele deixava nos bares! Até que um belo dia, recebe a notícia que sua esposa está grávida! Até ai tudo bem, nada impediu que ele não bebesse!

     Gêmeos! Felicidade total! Os bebês nasceram e foi aquela alegria, mas Tio Zé, não parava de beber!

     Quando as crianças estavam com 4 anos, com uma delas, começou algumas complicações, e em hospital a hospital, os médicos diagnosticaram Leucemia! Tio Zé ficou atônito com a notícia e sem saber o que aguardava lá na frente, foi pra casa beber! 

     Passam-se meses e a criança foi precisando de mais cuidado e Tio Zé precisou optar, ou tomava seus conhaques ou juntava dinheiro pra comprar um carro, pois precisava levar o filho para o hospital, e se de repente, pela madrugada acontecesse alguma coisa, com o carro, já tinha como socorrê-lo!

     Optou por um carro velhinho, e então, as coisas foram mudando, a direção do pensamento dele simplesmente mudou. Trabalhava como garçom e também começou a vender sorvetes nas ruas, para aumentar a renda da casa, e nessas acabamos nos esbarrando! 

     Atualmente, trabalha registrado em dois restaurantes, e parou de vender os picolés, mas nunca deixou de nos visitar com sua família, do mesmo jeito, alegre e sempre de bem com a vida! Hoje seus filhos já beirando os seus 10 anos, ainda frequentando hospitais, estão sempre cantando! Tio Zé aos poucos foi arrumando sua casa, melhorando a vida! E sempre do mesmo jeito, conversa de tudo, de sorvete à política! Até fala algumas palavras em chinês e não pense que ele fica só no chechê e wo ai ni, nem eu sei escrever, mas valeu a intenção kkkk! 




     PS.: Geralmente damos valor para homens ricos que venceram, que moram em casões com carrões, e esquecemos que dinheiro não é troféu, e não é sinônimo de vencedor, Tio Zé é um vencedor, me ensinou muita coisa, principalmente a ser menos resmungona rsrs, muitas vezes eu me espelho nele a não desistir e isso me fortalece! Diante dessas pessoas é que a vida tem um gostinho especial, elas aproveitam as oportunidades de melhorar! Então não é religião, astrologia, energia cibernética, que muda sua vida, enfim....a vida é uma questão de escolha, e só quem tem a chave é você!

quinta-feira, agosto 25, 2011

Nikola Tesla

Nikola Tesla nasceu em 9 de julho de 1856, na vila de Smiljan, na Croácia, exatamente à meia noite. Seu pai, Milutin Tesla, o ajudou a fortalecer sua memória e raciocínio através de uma grande variedade de constantes exercícios mentais. Sua mãe, Djouka Tesla, vinha de uma longa linhagem de inventores, e ela própria criava várias ferramentas para costura e outras tarefas que desempenhava em casa.
Tesla possuía um irmão mais velho, Dane, quem ele considerava seu superior em todas as coisas. Quanto Nikola tinha cinco anos, sentia inveja do cavalo branco de seu irmão, sendo proibido por seu pai de montar, devido à sua idade. Certo dia, Nikola usou uma zarabatana para atirar uma semente no cavalo enquanto seu irmão montava. Dane foi atirado para trás e morreu logo após. O sentimento de culpa que ele sentiu por esta tragédia perseguiu Tesla por toda a sua vida, e não importa o quão grandes fossem suas descobertas, ele sempre acreditou que Dane poderia ter feito melhor.
Durante sua infância, Tesla adoeceu repetidamente. Ele sofria com o aparecimento de imagens e flashes de luz, que interferiam no seu pensamento e na sua ação. Como ele próprio contou, quando ouvia uma palavra, a imagem do objeto correspondente se apresentava vividamente, e ele era incapaz de distinguir se o que vira era tangível ou não. Em razão disto, ele se sentia ansioso e desconfortável. Para se livrar dessas atormentadoras aparições, ele tentava concentrar sua mente em alguma outra coisa que tinha visto, e assim obtinha alívio temporário. Mas para isto, ele tinha que produzir continuamente novas imagens. Como ele conhecia apenas sua casa e as redondezas, logo seu "estoque" de novas imagens se exauriu, e o remédio perdeu a força.

Instintivamente, Tesla começou a fazer incursões, além dos limites do seu pequeno mundo virtual, e viu novas cenas, a princípio obscuras e indistintas, que passavam rapidamente quando ele tentava concentrar sua atenção nelas. Gradativamente ele teve sucesso em fixar as imagens, que ganharam força e definição, até parecerem tão concretas quanto às coisas reais. E logo descobriu que se sentia mais confortável quando simplesmente continuava aprofundando a visão, obtendo novas impressões todo o tempo, literalmente viajando na sua mente. Nessa jornada ele via novos lugares, cidades e países – vivia lá, conhecia pessoas e fazia amigos e conhecidos, que lhe eram tão caros quanto os da vida real.

Logo Tesla notou que tinha também grande facilidade em conectar causa e efeito, e também que cada pensamento seu era sugerido por uma impressão externa. Esta habilidade de ligar seus processos mentais e seus mapas internos à realidade física, combinada com sua prática em imagens construídas, conduziu-o, na vida adulta, ao sucesso como inventor. Ele não precisava fazer experimentos: concebia, aperfeiçoava e testava suas invenções usando somente a imaginação.

Após sua formatura do colegial, Tesla sofreu um devastador ataque de cólera e esteve perto da morte. Ele ficou de cama por nove meses, e os médicos anunciaram que ele não viveria por muito mais tempo. Tesla ocupava sua mente ainda ativa lendo tudo o que era capaz, quando ele encontrou um novo tipo de literatura: "Innocents Abroad", de Mark Twain. Tesla foi tão cativado pelo humor e humanidade contidos no livro deste autor americano que teve uma súbita e miraculosa recuperação logo após. Anos mais tarde, nos Estados Unidos, Tesla encontrou Samuel Clemens e pôde agradecê-lo por salvar sua vida. Clemens acabou se tornando um dos poucos amigos pessoais de Tesla.
Tesla passou por outro trauma debilitante poucos anos depois de sua recuperação da cólera. Desta vez, a natureza da doença e suas causas eram um completo mistério. Os sentidos físicos de Tesla, que sempre haviam sido excepcionalmente aguçados, inexplicavelmente tornaram-se hipersensíveis, paralizando-o com uma superabundância de sensações. O tic-tac de um relógio de pulso era-lhe ensurdecedor, mesmo a vários quartos de distância. Ele teve de ter almofadas de borracha inseridas nos pés de sua cama para aliviar as vibrações de quem passava por fora, que lhe pareciam como um terremoto. A exposição à luz era-lhe excruciante, não somente aos seus olhos, mas também a sua pele. Após um tempo, a condição hipersensível retornou ao seu normal conferindo-lhe um insight que lhe permitiu inventar o motor de corrente alternada.
As dificuldades fisiológicas e emocionais de Tesla sem dúvida contribuíram para que ele se tornasse a pessoa singular que ele era: um homem de mente brilhante, e um igual nível de excentricidade. Tesla abominava o contato físico com outras pessoas, com uma aversão especial a tocar o cabelo. Para evitar um aperto de mãos, ele mentia dizendo que havia acidentado suas mãos em um laboratório. Ele aparentemente nunca teve um par romântico ou uma relação amorosa de qualquer tipo. Uma mulher que passou a cortejá-lo certa vez tentou beijá-lo, fazendo com que ele saísse correndo em agonia. Ainda assim, Tesla exibia uma clara apreciação pela beleza feminina, ao exigir que suas secretárias se conformassem com um padrão pessoal de vestimentas e corpo. Suas empregadas mulheres eram proibidas de usarem pérolas, que ele, por alguma razão, considerava horrivelmente repugnantes.
Outros comportamentos de Tesla pareciam enquadrar-se em casos de uma disordem obcessiva-compulsiva. Ele fazia com que qualquer atitude repetitiva que ele fizesse em seu dia a dia (como os seus passos, por exemplo), fosse divisível por três, e continuaria repetindo-as até que chegasse a um total aceitável. Quantidades de vinte e sete eram as suas prediletas, uma vez que este é três ao cubo. Tesla também era compelido a calcular exatamente o peso de sua comida antes de ingeri-la, o que envolvia medir suas porções de comida com uma régua e mergulhar pedaços na água para determinar quantos centímetros cúbicos eles possuíam. Ele gostava especialmente de bolachas de sal por causa da uniformidade de volume que elas apresentam. Muitas vezes, no calor de um grande projeto, Tesla esquecia-se de comer completamente, e trabalhava por dias sem dormir. A certa altura, sua devoção ao laboratório lhe causou tal stress que ele se esqueceu de quem era por vários dias.
Tesla mudou-se para os Estados Unidos da América em 1884, estabelecendo-se em Nova Iorque e tornando-se um assistente do famoso cientista da época Thomas Alva Edison. Após um sério desentendimento com este por não haver recebido um gigantesco bônus prometido por Edison (segundo ele, uma brincadeira) por algumas de suas aplicações, aprimoramentos e descobertas (1886), Tesla perde o emprego e passa por um período difícil, realizando trabalho braçal.
Em 1887, consegue realizar um contrato com um grande investidor e vende sua patente da corrente alternada para George Westinghouse, que convence o governo americano a adotar o modelo-padrão de corrente alternada como meio mais eficiente para a distribuição de energia elétrica, contrariando interesses de seu antigo empregador Thomas Edison.

Corrente Alternada(C.A) x Corrente Contínua(C.C):
Edison e seus financiadores fizeram de tudo para deter o desenvolvimento e a instalação do sistema de Tesla, muito mais eficiente e prático, de distribuição de energia urbana através de energia de C.A.
É curioso que Edison fez com Tesla o mesmo que os antigos fornecedores de iluminação pública à gás o haviam feito, tentando desprestigiá-lo e ao seu invento. O complô de Edison e a ideologia da C.C. levou às cidades um tipo de show no qual tentava retratar a C.A. como perigosa, chegando ao ponto de eletrocutar animais pequenos e grandes (em um caso, um elefante) perante grandes audiências.
A vantagem da energia de C.A. era que você podia enviá-la a longas distâncias através de fios de calibre razoável com pequenas perdas, e se você os juntasse, colocando-os em “curto-circuito”, somente o lugar onde eles se tocavam derretia e provocava faíscas, até que eles deixassem de se tocar.
A energia C.C., por outro lado, necessitava de cabos com grande calibre (caros e pesados) para atravessar qualquer distância, as perdas por aquecimento (fisicamente conhecido como efeito Joule) eram enormes e para minimizá-los exigia-se fios cada vez mais grossos. Quando em curto, os cabos derretiam-se por todo o caminho até a casa de força, e as ruas tinham que ser escavadas novamente para que novos cabos fossem lançados. Se um curto ocorria em uma simples lâmpada ela usualmente começava um incêndio e queimava tudo com que entrasse em contato! Isto era muito lucrativo para os negócios de energia com C.C., e muito bom para os envolvidos com construção, escavação, etc.
A corrente alternada ganhou destaque na licitação para fazer a iluminação da feira mundial de Nova Iorque em 1899, quando seu preço foi a metade do proposto por Edison para fazer o mesmo serviço, só que com muito mais eficiência.
CURIOSIDADES:
• Tesla tinha uma extraordinária memória, que tornou fácil aprender sete idiomas (checo, ingles, francês, alemão, húngaro, italiano e latim).
.• Ele pode ser considerado o pai do rádio, pois Marconi, mundialmente conhecido como o inventor do mesmo, usou quase 15 patentes de Tesla pra desenvolvê-lo. Em 1943, a Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu-lhe plenos direitos sobre a patente de invenção do rádio, substituindo e anulando qualquer reclamação anterior de Marconi e outros, em relação à “patente fundamental do rádio”.
• Tesla, em 1898, descreveu não somente a transmissão da voz humana mas também de imagens, e posteriormente projetou e patenteou dispositivos que envolviam as fontes de energia que fazem funcionar os tubos de TV atuais. As primeiras e primitivas instalações de radar, em 1934, foram construídas seguindo os princípios, principalmente os relativos à freqüência e potência, já descritos por ele em 1917.
• Uma outra das invenções de Tesla, que é familiar a qualquer um que já tenha possuído um automóvel, foi patenteada em 1898 sob o nome de “ignição elétrica para motores a gasolina”. Mais comumente conhecida como o sistema de ignição do automóvel, seu principal componente, a bobina de ignição, permanece praticamente sem mudanças desde o seu aparecimento, na virada do século.
• Muitos dizem que Tesla produziu uma máquina de fazer terremotos, ou seja, fazer edificações oscilarem numa mesma freqüência, fazendo assim o prédio tremer e depois ruir.
• Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York aos 87 anos. Ele estava literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em uma sala que dividia com um bando de pássaros, quem ele considerava seus únicos amigos.
• Os quadrinhos do “Superman”, de Max Fleischer, em 1940, desenhavam o herói lutando contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um cientista louco chamado Tesla.
Fonte de vários sites.

O mito do príncipe encantado!!!

      Podemos colocar a culpa sobre a sociedade, televisão, contos de fadas, mas somos culpadas sim!
     Quando conhecemos um homem que gostamos, nem bem damos o primeiro beijo e já queremos dar umas de Mãe Dináh! Traçamos uma rota do futuro ao lado desse suposto rapaz, que coitado, nem sonha que estamos fazendo algo assim. Ao invés de esperarmos o segundo, o terceiro, o quarto encontro, já estamos com o sorriso estampado no rosto, louquinhas pra compartilhar com as amigas. E o papo rola solto, no shopping, no trabalho, no salão de beleza, no telefone, na internet, etc. É claro, aumentamos e enfeitamos cada detalhe, cada segundo! Fulano pra cá, fulano pra lá, a orelha dele deve arder até!
     Depois do primeiro encontro, com o pensamento longe, um minuto de espera, vira horas, e estamos ao lado do telefone, celular, msn, que seja! Escrevemos nosso nome com o sobrenome do suposto rapaz, fazemos corações em qualquer papel que encontramos no caminho! E ele não liga! Ele não manda nenhuma mensagem! Já era a hora e nada! E pensamos em trocentas baboseiras, e acabamos ligando! Na hora que ele atende, já estamos em um estado tão calamitoso que não conseguimos esconder nosso nervosismo e com a imparcialidade da voz dele, ficamos mais agitadas e acabamos falando asneiras. O pobre coitado sem entender nada, marca um próximo encontro e desliga o telefone e nós já estamos arrancando nossos cabelos, elaborando como será no próximo encontro!
     O dia D chega, e começamos novamente o ritual, cabelo, maquiagem, roupas etc, a arte que começa umas 4 horas antes do compromisso! Nos enfeitamos toda pra um alguém que nem conhecemos muito bem, e aguardamos ansiosamente um pedido de namoro, um anel de compromisso! kkkk E novamente nada acontece! Mesmo assim voltamos super alegres pra casa e logo estamos com celular pra mandar uma mensagem para o moço! E ele não responde e não liga, o alvoroço começa tudo outra vez!
     Enquanto não ouvimos uma resposta satisfatória, não desistimos, e nisso, começam as neuroses femininas: O que fiz de errado? Ele não gosta mais de mim? Será que falei algo que não devia? Só pode ser meu nariz, e a minha barriga enorme, o que devo fazer? Nesse intervalo nós já ligamos e mandamos mensagem novamente, mais algumas vezes! E já instintivamente começamos a odiá-lo! Coitado!
     O pobre moço, já pensando: Onde fui amarrar meus burros? Simplesmente não atende mais o telefone, não aparece no msn! E fim, acabou o nosso sonho e começa o pesadelo! E acredite, choramos sim, baldes e baldes de lágrimas! Detalhe, por alguém que mal conhecemos!


     Esse é um breve resumo de um breve romance na vida feminina, não sei com que idade isso inicia e não sei até quando persiste, mas posso garantir que isso passa, amadurecemos sim e depois dos 30 só melhora, essa erupção de emoções diminui bastante, aprendemos a nos controlar melhor, aprendemos a nos valorizar mais! Então pra concluir, será que o fulano seria nosso príncipe encantado? Poderia sim, se deixássemos a coisa acontecer naturalmente, sem previsões futurísticas, sem sobrecarregá-los, sem espalhar pro mundo nosso momento de euforia, porque depois ter que explicar tudo isso pra todas "amigas" só faz você sofrer por nada!
    É um período engraçado de nossas vidas, duvido que toda mulher que passe por isso, não morra de rir de si mesma, depois que tudo passou.
    Devemos acreditar que príncipes existem sim, mas fora de contos de fada, fora das nossas planilhas, fora do que nós idealizamos para nós mesmas. E é fato, por trás de um sapo, existe uma perereca  rsrsrs mas, por trás de um príncipe, existe uma princesa com certeza!!! E dure o tempo que durar! Nada é eterno! Depende exclusivamente de você!!!