quinta-feira, agosto 25, 2011

Nikola Tesla

Nikola Tesla nasceu em 9 de julho de 1856, na vila de Smiljan, na Croácia, exatamente à meia noite. Seu pai, Milutin Tesla, o ajudou a fortalecer sua memória e raciocínio através de uma grande variedade de constantes exercícios mentais. Sua mãe, Djouka Tesla, vinha de uma longa linhagem de inventores, e ela própria criava várias ferramentas para costura e outras tarefas que desempenhava em casa.
Tesla possuía um irmão mais velho, Dane, quem ele considerava seu superior em todas as coisas. Quanto Nikola tinha cinco anos, sentia inveja do cavalo branco de seu irmão, sendo proibido por seu pai de montar, devido à sua idade. Certo dia, Nikola usou uma zarabatana para atirar uma semente no cavalo enquanto seu irmão montava. Dane foi atirado para trás e morreu logo após. O sentimento de culpa que ele sentiu por esta tragédia perseguiu Tesla por toda a sua vida, e não importa o quão grandes fossem suas descobertas, ele sempre acreditou que Dane poderia ter feito melhor.
Durante sua infância, Tesla adoeceu repetidamente. Ele sofria com o aparecimento de imagens e flashes de luz, que interferiam no seu pensamento e na sua ação. Como ele próprio contou, quando ouvia uma palavra, a imagem do objeto correspondente se apresentava vividamente, e ele era incapaz de distinguir se o que vira era tangível ou não. Em razão disto, ele se sentia ansioso e desconfortável. Para se livrar dessas atormentadoras aparições, ele tentava concentrar sua mente em alguma outra coisa que tinha visto, e assim obtinha alívio temporário. Mas para isto, ele tinha que produzir continuamente novas imagens. Como ele conhecia apenas sua casa e as redondezas, logo seu "estoque" de novas imagens se exauriu, e o remédio perdeu a força.

Instintivamente, Tesla começou a fazer incursões, além dos limites do seu pequeno mundo virtual, e viu novas cenas, a princípio obscuras e indistintas, que passavam rapidamente quando ele tentava concentrar sua atenção nelas. Gradativamente ele teve sucesso em fixar as imagens, que ganharam força e definição, até parecerem tão concretas quanto às coisas reais. E logo descobriu que se sentia mais confortável quando simplesmente continuava aprofundando a visão, obtendo novas impressões todo o tempo, literalmente viajando na sua mente. Nessa jornada ele via novos lugares, cidades e países – vivia lá, conhecia pessoas e fazia amigos e conhecidos, que lhe eram tão caros quanto os da vida real.

Logo Tesla notou que tinha também grande facilidade em conectar causa e efeito, e também que cada pensamento seu era sugerido por uma impressão externa. Esta habilidade de ligar seus processos mentais e seus mapas internos à realidade física, combinada com sua prática em imagens construídas, conduziu-o, na vida adulta, ao sucesso como inventor. Ele não precisava fazer experimentos: concebia, aperfeiçoava e testava suas invenções usando somente a imaginação.

Após sua formatura do colegial, Tesla sofreu um devastador ataque de cólera e esteve perto da morte. Ele ficou de cama por nove meses, e os médicos anunciaram que ele não viveria por muito mais tempo. Tesla ocupava sua mente ainda ativa lendo tudo o que era capaz, quando ele encontrou um novo tipo de literatura: "Innocents Abroad", de Mark Twain. Tesla foi tão cativado pelo humor e humanidade contidos no livro deste autor americano que teve uma súbita e miraculosa recuperação logo após. Anos mais tarde, nos Estados Unidos, Tesla encontrou Samuel Clemens e pôde agradecê-lo por salvar sua vida. Clemens acabou se tornando um dos poucos amigos pessoais de Tesla.
Tesla passou por outro trauma debilitante poucos anos depois de sua recuperação da cólera. Desta vez, a natureza da doença e suas causas eram um completo mistério. Os sentidos físicos de Tesla, que sempre haviam sido excepcionalmente aguçados, inexplicavelmente tornaram-se hipersensíveis, paralizando-o com uma superabundância de sensações. O tic-tac de um relógio de pulso era-lhe ensurdecedor, mesmo a vários quartos de distância. Ele teve de ter almofadas de borracha inseridas nos pés de sua cama para aliviar as vibrações de quem passava por fora, que lhe pareciam como um terremoto. A exposição à luz era-lhe excruciante, não somente aos seus olhos, mas também a sua pele. Após um tempo, a condição hipersensível retornou ao seu normal conferindo-lhe um insight que lhe permitiu inventar o motor de corrente alternada.
As dificuldades fisiológicas e emocionais de Tesla sem dúvida contribuíram para que ele se tornasse a pessoa singular que ele era: um homem de mente brilhante, e um igual nível de excentricidade. Tesla abominava o contato físico com outras pessoas, com uma aversão especial a tocar o cabelo. Para evitar um aperto de mãos, ele mentia dizendo que havia acidentado suas mãos em um laboratório. Ele aparentemente nunca teve um par romântico ou uma relação amorosa de qualquer tipo. Uma mulher que passou a cortejá-lo certa vez tentou beijá-lo, fazendo com que ele saísse correndo em agonia. Ainda assim, Tesla exibia uma clara apreciação pela beleza feminina, ao exigir que suas secretárias se conformassem com um padrão pessoal de vestimentas e corpo. Suas empregadas mulheres eram proibidas de usarem pérolas, que ele, por alguma razão, considerava horrivelmente repugnantes.
Outros comportamentos de Tesla pareciam enquadrar-se em casos de uma disordem obcessiva-compulsiva. Ele fazia com que qualquer atitude repetitiva que ele fizesse em seu dia a dia (como os seus passos, por exemplo), fosse divisível por três, e continuaria repetindo-as até que chegasse a um total aceitável. Quantidades de vinte e sete eram as suas prediletas, uma vez que este é três ao cubo. Tesla também era compelido a calcular exatamente o peso de sua comida antes de ingeri-la, o que envolvia medir suas porções de comida com uma régua e mergulhar pedaços na água para determinar quantos centímetros cúbicos eles possuíam. Ele gostava especialmente de bolachas de sal por causa da uniformidade de volume que elas apresentam. Muitas vezes, no calor de um grande projeto, Tesla esquecia-se de comer completamente, e trabalhava por dias sem dormir. A certa altura, sua devoção ao laboratório lhe causou tal stress que ele se esqueceu de quem era por vários dias.
Tesla mudou-se para os Estados Unidos da América em 1884, estabelecendo-se em Nova Iorque e tornando-se um assistente do famoso cientista da época Thomas Alva Edison. Após um sério desentendimento com este por não haver recebido um gigantesco bônus prometido por Edison (segundo ele, uma brincadeira) por algumas de suas aplicações, aprimoramentos e descobertas (1886), Tesla perde o emprego e passa por um período difícil, realizando trabalho braçal.
Em 1887, consegue realizar um contrato com um grande investidor e vende sua patente da corrente alternada para George Westinghouse, que convence o governo americano a adotar o modelo-padrão de corrente alternada como meio mais eficiente para a distribuição de energia elétrica, contrariando interesses de seu antigo empregador Thomas Edison.

Corrente Alternada(C.A) x Corrente Contínua(C.C):
Edison e seus financiadores fizeram de tudo para deter o desenvolvimento e a instalação do sistema de Tesla, muito mais eficiente e prático, de distribuição de energia urbana através de energia de C.A.
É curioso que Edison fez com Tesla o mesmo que os antigos fornecedores de iluminação pública à gás o haviam feito, tentando desprestigiá-lo e ao seu invento. O complô de Edison e a ideologia da C.C. levou às cidades um tipo de show no qual tentava retratar a C.A. como perigosa, chegando ao ponto de eletrocutar animais pequenos e grandes (em um caso, um elefante) perante grandes audiências.
A vantagem da energia de C.A. era que você podia enviá-la a longas distâncias através de fios de calibre razoável com pequenas perdas, e se você os juntasse, colocando-os em “curto-circuito”, somente o lugar onde eles se tocavam derretia e provocava faíscas, até que eles deixassem de se tocar.
A energia C.C., por outro lado, necessitava de cabos com grande calibre (caros e pesados) para atravessar qualquer distância, as perdas por aquecimento (fisicamente conhecido como efeito Joule) eram enormes e para minimizá-los exigia-se fios cada vez mais grossos. Quando em curto, os cabos derretiam-se por todo o caminho até a casa de força, e as ruas tinham que ser escavadas novamente para que novos cabos fossem lançados. Se um curto ocorria em uma simples lâmpada ela usualmente começava um incêndio e queimava tudo com que entrasse em contato! Isto era muito lucrativo para os negócios de energia com C.C., e muito bom para os envolvidos com construção, escavação, etc.
A corrente alternada ganhou destaque na licitação para fazer a iluminação da feira mundial de Nova Iorque em 1899, quando seu preço foi a metade do proposto por Edison para fazer o mesmo serviço, só que com muito mais eficiência.
CURIOSIDADES:
• Tesla tinha uma extraordinária memória, que tornou fácil aprender sete idiomas (checo, ingles, francês, alemão, húngaro, italiano e latim).
.• Ele pode ser considerado o pai do rádio, pois Marconi, mundialmente conhecido como o inventor do mesmo, usou quase 15 patentes de Tesla pra desenvolvê-lo. Em 1943, a Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu-lhe plenos direitos sobre a patente de invenção do rádio, substituindo e anulando qualquer reclamação anterior de Marconi e outros, em relação à “patente fundamental do rádio”.
• Tesla, em 1898, descreveu não somente a transmissão da voz humana mas também de imagens, e posteriormente projetou e patenteou dispositivos que envolviam as fontes de energia que fazem funcionar os tubos de TV atuais. As primeiras e primitivas instalações de radar, em 1934, foram construídas seguindo os princípios, principalmente os relativos à freqüência e potência, já descritos por ele em 1917.
• Uma outra das invenções de Tesla, que é familiar a qualquer um que já tenha possuído um automóvel, foi patenteada em 1898 sob o nome de “ignição elétrica para motores a gasolina”. Mais comumente conhecida como o sistema de ignição do automóvel, seu principal componente, a bobina de ignição, permanece praticamente sem mudanças desde o seu aparecimento, na virada do século.
• Muitos dizem que Tesla produziu uma máquina de fazer terremotos, ou seja, fazer edificações oscilarem numa mesma freqüência, fazendo assim o prédio tremer e depois ruir.
• Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York aos 87 anos. Ele estava literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em uma sala que dividia com um bando de pássaros, quem ele considerava seus únicos amigos.
• Os quadrinhos do “Superman”, de Max Fleischer, em 1940, desenhavam o herói lutando contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um cientista louco chamado Tesla.
Fonte de vários sites.

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